Atividade de leitura de poesia: uma experiência leitora

Atividade de leitura de poesia: uma experiência leitora

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

Mestranda: Prof.ª Cleunice Terezinha 

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Célia S. Silva

Turma: 1ª Série D – Turno Noturno - Ensino Médio

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora titular da turma: Prof.ª _______________________________________

SEQUÊNCIA  - GÊNERO LÍRICO

OBJETIVO GERAL

  • Investigar como a poesia de Carlos Drummond de Andrade, de Manuel Bandeira, de José Paulo Paes e Paulo Leminski, pode contribuir para a formação humana e crítica de alunos do Ensino Médio.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Executar  a presente sequência didática de leitura de poesia aplicada na  sala de aula  da 1ª série do Ensino Médio;
  • Contribuir para a formação dos alunos leitores de poesia na sala de aula da 1ª série D –  E. M.;
  • Desenvolver atividades de leitura, análise interpretativa e análise crítica envolvendo poesia e humanização, poesia e criticidade;
  • Investigar qual a visão dos alunos da 1ª série D do Ensino Médio sobre poesia antes do trabalho que será desenvolvido com eles, por meio da produção de um memorial sobre leitura de poesia;
  • Situar os poetas: Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Paulo Leminski e José Paulo Paes em seus contextos literários;
  • Análise de poesias de Carlos Drummond de Andrade, de Manuel Bandeira, de Paulo Leminski e de José Paulo Paes;
  • Aplicar o primeiro questionário aos alunos, cujas perguntas se conformam com os objetivos desta investigação;
  • Aplicar aos alunos da 1ª série “D” atividades de análise crítica de alguns poemas como forma de verificar se a poesia contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico e como isso ocorre.
  • Problematizar o ensino de literatura na escola e a leitura de poesia na sala de aula;
  • Contribuir com a formação humana e crítica do aluno de Ensino Médio;
  • Motivar a leitura e a interpretação de textos poéticos como fundamentos de compreensão de mundo e construção de conhecimento e da cidadania.
  • Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia, da imaginação e da criticidade;
  • Proporcionar ao indivíduo, por meio da leitura, a oportunidade de alargamento dos horizontes pessoais e culturais, garantindo a sua formação crítica e emancipadora;
  • Produzir um segundo memorial, depois de desenvolvido o trabalho, para verificar se a visão dos alunos sobre poesia permaneceu inalterada ou se houve mudança;
  • Aplicar o segundo questionário para obter informações precisas acerca do estudo realizado;
  • Produzir um site pedagógico para que ele seja utilizado por professores da Educação Básica como forma de apresentação de um produto final;
  • Realizar o lançamento do site com presença de pais, alunos e da comunidade escolar após o trabalho realizado.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

  • Utilizar livros de poesias, bem como poemas impressos, vídeos, músicas e DVDs relacionados ao poema lido em sala;
  • Ler poemas com os alunos utilizando o projetor multimídia;
  • Exibir DVDs com poemas encenados;
  • Espalhar banners pelos corredores da escola com poemas lidos em sala;
  • Produzir com os alunos cadernos com coletâneas de poemas dos autores lidos;
  • Confeccionar pequenos elementos criativos que acoplam poemas para serem lidos, como: tubos, caixas, cadernetas, baús, cadernos personalizados, bilhetes poéticos, pílulas poéticas, quadros, enfeites de paredes, diários, objetos de madeiras, sacolas poéticas e outros.

 

AVALIAÇÃO

Reuniões periódicas para acompanhamento, avaliação e planejamento de estratégias que visem o bom andamento do projeto. Tal avaliação abrangerá aplicação de questionários para percepção das mudanças ocorridas e as necessidades de ajustes.

 

SEQUÊNCIA DE LEITURA ( Início)

1-   Compartilhamento da proposta de trabalho com os alunos

 

PRIMEIRA AULA ( DIA 29/04/2014) = 2 AULAS

Inicialmente,  apresentar  a proposta de trabalho explícita no Projeto: CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA DE POESIA PARA A FORMAÇÃO HUMANA E CRÍTICA DO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

 

Explicação do TCLE ( Termo de Consentimento Livre e Esclarecido)

Distribuição de cópia para cada aluno levar para que os responsáveis assinem o TCLE.

Leitura do poema “  CONVITE ” , de José Paulo Paes, sem mencionar que é um poema ;

Questionamentos acerca do poema e do que ele significa; 

 

Refletir sobre o aspecto formal do poema;Falar da diferença entre POEMA e POESIA, segundo Octávio Paz em “O Arco e a Lira” . Tradução de Olga Savary. Ed. Nova Fronteira, RJ, 1982. (Coleção Logos)

 

Poesia – É a linguagem que comove, encanta e desperta sentimentos, confere ao texto (seja ele em versos ou prosa) harmonia e beleza. Segundo Octávio Paz(1982 ),é a arte de criar com palavras, está presente no poema. É exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo; cria outro. Pão dos eleitos; alimento maldito. Isola; une. Convite à viagem; regresso à terra natal. Inspiração, respiração, exercício muscular. Súplica ao vazio, diálogo com a ausência, é alimentada pelo tédio, pela angústia e pelo desespero. Oração, litania, epifania, presença. Exorcismo, conjuro, magia.

 

Poema – Obra literária apresentada em versos, caracterizada pela criatividade e emprego de figuras de linguagem.  É a obra que se faz com a poesia e na qual há a presença do eu lírico. Paz(1982) que “ poema é via de acesso ao tempo puro, imersão nas águas originais da existência. A poesia não é nada senão tempo, ritmo perpetuamente criador.”

 
 
 
Questionar que tipo de texto é, qual o gênero desse poema CONVITE, de José Paulo Paes.  Ouvir todas as respostas e conhecimentos prévios dos alunos. Citar que o poema em questão concebe e encara a poesia como um brinquedo. Esse brinquedo distrai e dá prazer, portanto, a poesia é como algo inusitado e é preciso sempre olhá-la como algo novo diante de nós. O próprio José Paulo Paes diz ter aprendido com Drummond e Bandeira que a poesia é revelação. É como ver as coisas do mundo pela primeira vez e de forma essencial. E o essencial, para ele, é brincar com o sentido das palavras.
Expor um breve histórico da biografia de José Paulo Paes.
POEMA: CONVITE
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio,pião
de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
PAES, José Paulo. Quem, eu?: um poeta como outro qualquer. São Paulo: Atual, 1996.
FIM DA PRIMEIRA AULA

 

 

 

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SEGUNDA AULA: ( 06/05/2014)  1 AULA

 

1º momento

Audição da música “ Gentileza”, de Marisa Monte como motivação para o trabalho com a humanização e crítica;

Comentar sobre a necessidade de humanização, a importância dela e o porquê de ouvir a música "GENTILEZA".

Explicitar quem foi o profeta Gentileza de que fala a música de Marisa Monte.

 

Gentileza

                Marisa Monte 

 

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de gentileza

Por isso eu pergunto
A você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é o circo
"Amor: palavra que liberta"
Já dizia o profeta

MONTE, Marisa & LINDSAY Arto. Marisa Monte - Cd "Memórias,   Crônicas e Declarações de Amor". Intérprete: Marisa Monte.   Estúdios de Gravação Ilha dos Sapos (Salvador-BA). Mega, c2000. 1 CD. Faixa 10.

 

2º momento

Pedir a um dos alunos que façam a leitura do poema de Bandeira: POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL;

Fazer breve histórico da biografia de Manuel Bandeira.

Realizar questionamentos acerca da poesia lida e analisar com eles os aspectos: formal, semântico e linguístico do poema.

 

POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL

 

João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro

                    [ da Babilônia num barracão sem número.

Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

Bebeu

Cantou

Dançou

Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

 

BANDEIRA, Manuel. Obras completas. V. I e II. Rio de Janeiro, 1958.

 

3º momento

     Ver o conhecimento prévio dos alunos acerca do poema de Bandeira.

Questionar os alunos: Gênero do texto NARRATIVO POÉTICO; 3ª pessoa; falta de identidade do personagem; construção do primeiro verso (forma e figura de linguagem: aliteração do R);

Fazer um paralelo entre as características da notícia de jornal em comparação como poema de Bandeira.

Indagar acerca do nome das coisas e falta de nome do personagem: nome do morro, do bar, da lagoa;

Incitar a leitura de um contraste entre o alto do morro e pobreza e o baixo da lagoa e riqueza.

Tarefa

Acessar a biblioteca da escola e escolher um poema de Manuel Bandeira ou de Drummond do qual tenha gostado e copiar em seu caderno.  Não se esqueça de copiar também o título do poema e a bibliografia.

FIM DA SEGUNDA AULA

 

 

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TERCEIRA AULA: (DIA 13/05/2014) 1 AULA

 

Fazer uma rápida revisão das duas primeiras aulas;

Expor sobre gêneros literários que é tema recorrente nos programas de Língua Portuguesa do 1º ano do Ensino Médio. Estudo do gênero lírico por meio do poema “E agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade:

José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

 DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Antologia Poética – 12ª edição – Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, ps. 10,11 e 12.

 

Visualizar o vídeo sobre o poema E AGORA, JOSÉ? ( Disponível em> https://www.youtube.com/watch?v=ZMzNIfbf7wE)

Dividir a turma em seis grupos e pedir que cada grupo leia, discuta, analise as impressões sobre o poema JOSÉ e faça uma leitura crítica do poema.

FIM DA TERCEIRA AULA

 

 

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QUARTA  AULA:  DIA 22/05/2014 = 1 aula

Fazer uma revisão da aula anterior e relembrar o poema “José”, de Drummond;

Aplicação do primeiro questionário(TRANSCRITO ABAIXO)  aos alunos tendo em vista apenas o estudo de alguns poemas, durante a realização do projeto.

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

Mestranda: Prof.ª Cleunice Terezinha da Silva Ribeiro  / Orientadora: Prof.ª Dr.ª Célia S. Silva

Colégio Estadual Dom Abel – SPL     /   Turma:     1ª Série D   –    Turno Noturno  - Ensino Médio

Professora  titular da turma:  _________________________________________________ Nome:___________________________________________________________________

Primeiro questionário para análise de dados

          Caro (a) aluno (a),

 

    Leia as questões a seguir, depois responda cada uma delas de acordo com a sua história de leitura até o presente momento.

 

1) De que tipo de leitura você mais gosta?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2) Qual a utilidade da leitura da literatura na sua vida diária?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) Para você, o aluno deveria ser consultado pelo professor sobre assuntos de seu interesse sobre o que gostaria de ler antes de começar a estudar literatura? Por quê?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4) Na primeira série do Ensino Médio, o livro didático apresenta, em cada unidade, um poema referente ao conteúdo a ser explorado. Você aprecia tais poemas?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) Com que frequência você lê poesia em sala de aula? Explique.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) Algumas vezes você fica sem compreender o poema?

(     ) Sim?              (      ) Não?              Por quê?

 

FIM DA QUARTA AULA

 

 

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QUINTA AULA: DIA 27/05/2014 = 1 aula

 

- Leitura do poema de Drummond, "Verbo ser";

- Fazer uma pequena análise do poema;

- Perguntar cada aluno(a) o que cada um(a) quer ser;

- Analisar o poema fazendo questionamentos aos alunos;

- Exibir vídeo O PODER DA VISÃO que expressa sentimento, decisão, entusiasmo pela vida e reflete sobre o ser e o tempo de cada um;

Verbo Ser

Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

ANDRADE, Carlos Drummond. Antologia Poética  – 12a edição - Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, p. 108 e 109.   

 

2º MOMENTO

Exercício de leitura e interpretação

Distribuir várias cópias de poemas de: Drummond, Manuel Bandeira, Paulo Leminski e José Paulo Paes para que os alunos leiam e escolham alguns deles para que sejam expostos em tamanho maior no pátio da escola.

FIM DA QUINTA AULA

 

 

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AULA DO DIA 03/06/2014 – SEXTA AULA

 

- Exibir os vídeos com recital dos poemas de Drummond: AMAR, QUADRILHA, POEMA DAS SETE FACES( Todos encontrados no Youtube) ;

- Ler tais poemas e analisá-los;

- Falar acerca do amor e dos desencontros amorosos na literatura;

- Pedir aos alunos para que escolham algumas poesias de Drummond, de Leminski, de Bandeira e de Paulo Paes para que sejam expostas nos corredores da escola em banners.

Poema de Sete Faces

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

ANDRADE, Carlos Drummond. Antologia Poética – 12a edição - Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, p. 108 e 109.   

2º MOMENTO:

Exercício de leitura e interpretação;

Distribuir várias cópias de poemas de: Drummond, Manuel Bandeira, Paulo Leminski e José Paulo Paes para que os alunos leiam e escolham alguns deles para que sejam expostos em tamanho maior no pátio da escola.

Verbo Ser

Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

ANDRADE, Carlos Drummond. Antologia Poética – 12a edição - Rio de Janeiro: José Olympio, 1978, p. 108 e 109.

 

Projeto: 

CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA DE POESIA PARA A FORMAÇÃO

HUMANA E CRÍTICA DO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora Mestranda: Cleunice 

 Turma: 1.º Ano “ D” E.M. - Noturno

Professora da Turma: ___________________

 

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CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

Apagar-me

Apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que depois
de mim
de nós
de tudo
não reste mais
que o charme.

 

LEMINSKI, Paulo. Toda Poesia. 1ª Ed.

São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

Projeto: 

CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA DE POESIA PARA A FORMAÇÃO

HUMANA E CRÍTICA DO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora Mestranda: Cleunice 

 Turma: 1.º Ano “D” E.M. - Noturno

Professora da Turma: __________________

Parada cardíaca

Essa minha secura
essa falta de sentimento
não tem ninguém que segure,
vem de dentro.
Vem da zona escura
donde vem o que sinto.
Sinto muito,
sentir é muito lento.

LEMINSKI, Paulo. Toda Poesia. 1ª Ed.

São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

Projeto: 

CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA DE POESIA PARA A FORMAÇÃO

HUMANA E CRÍTICA DO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora Mestranda: Cleunice 

 Turma: 1.º Ano “D” E.M. - Noturno

Professora da Turma: _________________________

 

 

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Fenomenologia da humildade

 

Se queres te sentir gigante, fica perto de um anão.

Se queres te sentir anão, fica perto de um gigante.

Se queres te sentir alguém, fica perto de ninguém.

Se queres te sentir ninguém, fica perto de ti mesmo.

 

PAES, José Paulo. Poesia completa. São Paulo:

Companhia das Letras, 2008 – p. 471.

Projeto: 

CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA DE POESIA PARA A FORMAÇÃO

HUMANA E CRÍTICA DO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora Mestranda: Cleunice 

 Turma: 1.º Ano “ D” E.M. - Noturno

Professora da Turma: _______________________

 

 

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O exemplo das rosas

Uma mulher queixava-se do silêncio do amante:
- Já não gostas de mim, pois não encontras palavras para me louvar!
Então ele, apontando-lhe a rosa que lhe morria no seio:
- Não será insensato pedir a esta rosa que fale?
Não vês que ela se dá toda no seu perfume?

BANDEIRA, Manuel. Poesias completas. Rio de Janeiro:

Livraria-Editora da Casa do Estudante do Brasil, 1951.

 

Projeto: 

CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA DE POESIA PARA A FORMAÇÃO

HUMANA E CRÍTICA DO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora Mestranda: Cleunice 

 Turma: 1.º Ano “D” E.M. - Noturno

Professora da Turma: _____________________

 

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Arte de Amar

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

 

BANDEIRA, Manuel. Poesias completas. Rio de Janeiro:

Livraria-Editora da Casa do Estudante do Brasil, 1951.

 

Projeto: 

CONTRIBUIÇÃO DA LEITURA DE POESIA PARA A FORMAÇÃO

HUMANA E CRÍTICA DO ALUNO NO ENSINO MÉDIO

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora Mestranda: Cleunice 

 Turma: 1.º Ano “ D” E.M. - Noturno

Professora da Turma: ___________________

 

BALADA DO REI DAS SEREIAS

O rei atirou
Seu anel ao mar
E disse às sereias:
- Ide-o lá buscar,
Que se o não trouxerdes
Virareis espuma
Das ondas do mar!

Foram as sereias,
Não tardou, voltaram
Com o perdido anel
Maldito o capricho
De rei tão cruel!

O rei atirou
Grãos de arroz ao mar
E disse às sereias:
- Ide-os lá buscar,
Que se os não trouxerdes
Virareis espuma
Das ondas do mar!

Foram as sereias
Não tardou, voltaram,
Não faltava um grão.
Maldito capricho
De mau coração!

O rei atirou
Sua filha ao mar
E disse às sereias:
- Ide-a lá buscar,
Que se a não trouxerdes
Virareis espuma
Das ondas do mar!

Foram as sereias...
Quem as viu voltar?...
Não voltaram nunca!
Viraram espuma
Das ondas do mar.

 

BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética – 12ª ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira,  2001.

O IMPOSSÍVEL CARINHO

Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura
Ah se em troca de tanta felicidade que me dás
Eu te pudesse repor
- Eu soubesse repor -
No coração despedaçado
As mais puras alegrias de tua infância!
                  (Manuel Bandeira)

A ESTRELA

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Para a minha companhia

Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.

(Manuel Bandeira)

 

MEMÓRIA

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,

essas ficarão.

 

Inconfesso Desejo

Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001

 

RECEITA DE ANO NOVO

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra

                                                                             [ birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

 

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2001.

 

Irene no céu

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:
— Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
— Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

 

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética.

 Rio de Janeiro: Record, 2001

FIM DA SEXTA AULA.

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 13/08/2014 – SÉTIMA AULA = 2 aulas.

 

           PRIMEIRO MOMENTO:

  • Retomar os assuntos das aulas do semestre anterior e sobre os poemas estudados.
  • Rememorar o poema de Manuel Bandeira: “Poema Tirado de uma notícia de jornal”.
  • Explicar sobre poemas narrativos e a crítica social no poema.
  • Ler e analisar o poema: Morte do leiteiro, de Carlos Drummond de Andrade em seu aspecto formal e semântico;
  • Traçar um paralelo entre o poema e a realidade atual;
  • Aplicar exercícios de interpretação do texto;

Há uma bela imagem da morte do leiteiro, na qual o leite (branco) mistura-se com o sangue (vermelho) criando uma nova tonalidade (aurora).

1) Releia os seguintes versos:

"Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro."

 

Qual seria o sentido mais apropriado para o vocábulo “legenda”?

a) lenda
b) lei
c) norma
d) ditado popular

2) Esta legenda, proclamada na poesia de Drummond, tem correspondência com o nosso dia-a-dia? Por quê?

 


3) Você conhece outros ditados que se relacionam com este imaginário violento? Quais?

 

4) O nome do leiteiro não é mencionado:

a) para dar a idéia de que se trata apenas de mais uma morte entre tantas outras comuns às grandes cidades
b) para dar um ar de mistério ao texto
c) para não expor o nome da vítima
d) por se tratar de um trabalhador de pouca importância social

 

5) O texto explora a temática do medo da violência das cidades. A expressão "luta brava da cidade" refere-se:
a) à criminalidade, que cresce rapidamente
b) ao desentendimento dos moradores, que se distanciam um dos outros a medida que a cidade cresce
c) a difícil sobrevivência nas cidades, devido a competitividade nos empregos, ao estresse no trânsito, entre outros problemas
d) a luta entre as classes sociais

6) Embora o leiteiro procurasse entregar o leite de modo a não fazer barulho, de vez em quando topava com vários obstáculos, interrompendo o silêncio. Quais são esses obstáculos?

 

7) O que justificou a atitude impensada do morador que atirou no leiteiro? Explique argumentando.

 

8) Releia esta passagem do texto:

"Quem quiser que chame médico,
polícia não bota a mão
neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
a manhã custa a chegar,
mas o leiteiro
estatelado, ao relento,
perdeu a pressa que tinha."

 

O que ela expressa?

a) Indignação
b) Compaixão
c) Indiferença
d) Displicência

 

 

9) Muitos profissionais desempenham seu trabalho e, na maioria das vezes, no entanto, nem sequer são percebidos. Esse é o caso do leiteiro em questão. Cite outros profissionais que são imprescindíveis a nossa rotina, mas que não sabemos, ao menos, o nome deles.

 

SEGUNDO MOMENTO:

  • Leitura do poema: Tragédia Brasileira, de Manuel Bandeira;
  • Questões orais sobre o poema e sobre seu gênero narrativo poético;
  • Discussão sobre o preconceito e sobre a violência;
  • Levantamento de  argumentos em favor do personagem Misael e contra Maria Elvira; depois, argumentos contra Misael e em favor de Maria Elvira;
  • Preparação para um júri simulado com advogados de defesa e de acusação para julgamento do assassinato no poema;
  • Estudo da estrutura da notícia de jornal;
  • Discussão acerca das notícias de jornal veiculadas nos dias atuais.

 

                                              CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE/UFG

COLÉGIO ESTADUAL DOM ABEL -SPL

Nome:_________________________________________________Turma:______

Tragédia brasileira

 

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade, conheceu Maria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.

 

Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo o que ela queria.

 

Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.

 

Viveram três anos assim.

 

Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.

 

Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...

 

Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

 

BANDEIRA, Manuel. Poesias completas. Rio de Janeiro:

Livraria-Editora da Casa do Estudante do Brasil, 1951.

 

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 20/08/2014 – OITAVA AULA = 2 aulas.

 

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Pedir que os alunos releiam os dois poemas trabalhados Tragédia Brasileira, de Manuel Bandeira e Morte do leiteiro, de Drummond e depois produza uma notícia de jornal sobre o assunto de cada um deles.
  • Retomar a aula sobre a estrutura da notícia jornalística.

 

REDAÇÃO DE NOTÍCIA

Nome:___________________________________________________Turma:_____

 

Na aula anterior, dia 13/08, estudamos dois textos: Morte do leiteiro, de Carlos Drummond de Andrade e Tragédia brasileira, de Manuel Bandeira.

Releia ambos os textos e depois  imagine que você é um jornalista conceituado de um jornal de circulação nacional. Como redator desse jornal, transforme tais poemas em uma notícia de jornal, de forma bem crítica e criativa. Você consegue! Acredite no seu potencial de jornalista!

Título:___________________________________________________________________________________________________________

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Título:___________________________________________________________________________________________________________

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                                                                                                                                                                               Bom trabalho!

 

SEGUNDO  MOMENTO:

Embasados na leitura do poema “Tragédia brasileira”, de Manuel Bandeira, trace um paralelo entre os dois personagens dando as características apropriadas a cada um.

Argumentos contra Misael:

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

Argumentos a favor de Misael: _________________________________________________________________

Linguagem jurídica a ser usada no júri simulado acerca do poema Tragédia brasileira ao referir ao personagem Misael e demais presentes no tribunal:

___________________________________________________________________________________________

Características de Maria Elvira:

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___________________________________________________________________________________________

 

Argumentos contra Maria Elvira:

___________________________________________________________________________________________

 

Argumentos a favor de Maria Elvira:

___________________________________________________________________________________________


___________________________________________________________________________________________

 

Linguagem jurídica a ser usada no júri simulado acerca do poema Tragédia brasileira ao referir à personagem Maria Elvira e demais presentes no tribunal:

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________ 

____________________________________________________________________________________________        

__________________________________________________________________________              Bom trabalho !

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 27/08/2014 – NONA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Comentar com os alunos a atividade escrita (Produção de  notícia jornalística) acerca do poema Morte do leiteiro, de Drummond e Poema tirado de uma notícia de jornal, de Manuel Bandeira.
  • Realização de um júri simulado com base nos argumentos acerca dos personagens Misael e Maria Elvira.
  • Reflexão sobre a leitura crítica que os alunos fizeram dos poemas durante o júri simulado.
  • Leitura dos poemas que foram selecionados para os BANNERS  a serem colocados nos diferentes ambientes  da escola.

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 02/09/2014 – DÉCIMA PRIMEIRA AULA = 2 aulas.

 

Aplicar atividades I e II de análise crítica (transcrita a seguir) à turma para exercício contínuo da formação crítica do aluno.

Mestranda: Prof.ª Cleunice Terezinha da Silva Ribeiro

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Célia S. Silva

Turma: 1ª Série D – Turno Noturno - Ensino Médio

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora titular da turma: Prof.ª __________________________

Nome:________________________________________________

EXERCÍCIO DE CRÍTICA  01

 

Texto I:

Os Ombros Suportam O Mundo

                                (Carlos Drummond de Andrade )


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
 

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 56ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.


1. Em três versos o poeta exprime sua recusa em aceitar o amor apenas do homem pela mulher. Que versos são esses?

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2. Em que verso o poeta resume os grandes problemas que afligem o mundo atual?
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3. Como o poeta se refere àqueles que se recusam a enfrentar a realidade que os cerca?
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4. Embora sozinho e nada mais esperando da vida, o poeta parece enxergar uma luz de esperança na escuridão. Em que verso ele exprime isso?
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5. Que expressão é usada pelo eu poético para sugerir que o peso dos problemas que o cercam não o abate?

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6. Comente o verso: “ E o coração está seco”.

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7. Concorde ou discorde do poeta justificando a sua opinião sobre o verso: “Porque o amor resultou inútil.”

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------BOM TRABALHO!

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

Mestranda: Prof.ª Cleunice Terezinha da Silva Ribeiro

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Célia S. Silva

Turma: 1ª Série D – Turno Noturno - Ensino Médio

Colégio Estadual Dom Abel – SPL

Professora titular da turma: Prof.ª ___________________________

Nome:______________________________________________________________

EXERCÍCIO DE CRÍTICA 02

 

Texto II:

Mãos Dadas

              (Carlos Drummond de Andrade)


Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
A vida presente.

 

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 56ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.


01.“Não serei o poeta de um mundo caduco”.Que sentimento tem o adjetivo caduco nesse verso? Comente.

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02. Transcreva do texto o verso em que o eu lírico expressa claramente seu desejo de solidarizar-se com os homens e não de isolar-se.

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03. O que há de comum entre “mundo caduco” e “mundo futuro” para que o eu lírico se recuse a cantá-los?
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04. Transcreva os versos em que o eu lírico se recusa a usar a poesia como simples expressão sentimental do seu mundo interior.

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05. O poema "Mãos dadas" anuncia a utópica e festiva solidariedade humana. Como um ativista dos direitos humanos Drummond muitas vezes nega a influência do mundo moderno em sua obra, é o fugir do individual e o olhar para o coletivo e a solidariedade.

Você, como aluno de Ensino Médio, também valoriza essa solidariedade humana, ou ainda prefere o individual ao invés do coletivo e da solidariedade? Dê sua opinião citando exemplos de solidariedade humana ou de ações individuais conforme sua resposta.

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BOM TRABALHO!

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 09/09/2014 – DÉCIMA SEGUNDA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Leitura do poema Congresso internacional do medo, de Carlos Drummond de Andrade.
  • Fazer perguntas orais para os alunos e refletir com eles sobre a 2ª fase do Modernismo brasileiro (poesia).
  • Analisar também o aspecto formal do poema;

Congresso internacional do medo

 

Provisoriamente não cantaremos o amor,

que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,

não cantaremos o ódio porque esse não existe,

existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,

o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,

o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,

cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,

cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,

depois morreremos de medo

e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

 

ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 56ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.

SEGUNDO MOMENTO:

  • Comentar sobre o medo, esse sentimento que gera desequilíbrio, angústia, dúvida insegurança e serve, como um verdadeiro pai e seguidor, por causa do contexto social da época, pois o período que o poema foi escrito tinha um pano de fundo em clima de Guerra mundial, túmulo, morte, dor, sofrimento e muito medo. Trata-se de um medo de tal força que esteriliza os braços (estanca a força humana), pois se vive em um mundo que está em caos: com ditadores, soldados, mortes e esses fatores deixam as pessoas desequilibradas e apavoradas.



 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 23/09/2014 – DÉCIMA TERCEIRA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

 

Retomar a leitura do poema “Os ombros suportam o mundo”, de Drummond.

Leitura do poema em voz alta.

 

Os ombros suportam o mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.

 

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.

Ficaste sozinho, a luz apagou-se,

mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És todo certeza, já não sabes sofrer.

E nada esperas de teus amigos.

 

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?

Teus ombros suportam o mundo

e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios

provam apenas que a vida prossegue

e nem todos se libertaram ainda.

Alguns, achando bárbaro o espetáculo,

preferiram (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.

 

DRUMMOND, Carlos - Sentimento do Mundo. Rio de Janeiro, Record, 2000. 1ª Edição 1940.

 

 

1º MOMENTO:

  •          Indagar os alunos acerca dos pesos  que o mundo traz para os nossos ombros; quais as pessoas que carregam o maior peso; o porquê de as pessoas carregarem esses pesos;
  • 2º MOMENTO:
  • Pedir aos alunos que concordem ou discordem das afirmações abaixo dando opiniões críticas :
  •       No primeiro verso do poema, a experiência de vida não permite ao homem que ele se surpreenda com coisa alguma, por isso não se diz mais “meu deus”. A experiência, aliás, parece revelar ao homem que todo sentimento é inútil, como sugere o restante da primeira estrofe na segunda estrofe.

3º MOMENTO:

  • Explicação sobre a estrutura do memorial e lançamento da proposta da produção de um memorial de leitura de poesia.
  • Ler alguns memoriais de exemplo para que os alunos se sintam instigados a produzir.

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 30/09/2014 – DÉCIMA QUARTA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Falar sobre o poeta Paulo Leminski e sua produção poética.
  • Exibir um vídeo de notícia sobre o livro Toda Poesia, de Paulo Leminski (Vídeo encontrado no Youtube).
  • Ler alguns poemas do referido poeta e analisá-los com os alunos por meio de perguntas orais.
  • Ler aspectos formais e semânticos da poesia de Leminski;

LEMINSKI, Paulo. Toda Poesia. 1ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras,2013.

 

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 06/10/2014 – DÉCIMA QUINTA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Rememoramento da aula anterior sobre Leminski.
  • Falar sobre o poeta José Paulo Paes e sua produção poética.
  • Ler alguns poemas do referido poeta e analisá-los com os alunos por meio de perguntas orais

PAES, José Paulo. Poesia completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

 

BALADA

 

Folha enrugada,

poeira nos livros.

A pena se arrasta

no esforço inútil

de libertação.

Nenhuma vontade,

nem mesmo desejo

na tarde cinzenta.

A árvore seca

esperando seiva

não tem paisagem.

Na frente é o deserto

coberto de pedras.

Nem sombra de oásis.

Pobre árvore seca

na tarde cinzenta!

Se houvesse um castelo

com torres e dama

de loiros cabelos,

talvez eu fizesse

algum madrigal.

Mas a dama morreu,

os castelos se foram

na tarde cinzenta.

O caminho se alonga

por entre montanhas,

por campos e vales.

Talvez me conduza

ao roteiro perdido

no fundo do mar.

Mas estou tão cansado

na tarde cinzenta!

Não sou lobo da estepe;

amo a todos os homens

e suporto as mulheres.

Contudo não posso

falar com os lábios,

amar com o sexo,

porque sinto a tortura

da tarde cinzenta!

Só me restam os livros.

Vou ficar com eles

esperando que chegue

do fundo da noite,

das sombras do tempo,

oh! imenso mar,

vem me libertar

da tarde cinzenta!

 

PAES, José Paulo.  Os Melhores Poemas. São Paulo: Global, 2000. Seleção e organização: ARRIGUCCI JUNIOR, Davi.

 

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

 

AULA DO DIA 07/10/2014 – DÉCIMA SEXTA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Aplicação do SEGUNDO QUESTIONÁRIO (Anexo 3) ;
  • Leitura de cada pergunta com os alunos e explicação sobre a sinceridade das respostas.

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

Mestranda: Prof.ª Cleunice Terezinha da Silva Ribeiro  / Orientadora: Prof.ª Dr.ª Célia S. Silva

Colégio Estadual Dom Abel – SPL     /   Turma: 1ª Série D – Turno Noturno - Ensino Médio

Professora  titular da turma: Prof.ª Maria da Anunciação

Nome:______________________________________________________________

Segundo questionário

1) O  trabalho com poesia, realizado em sala de aula, tem ajudado você a compreender melhor o poema?

(      ) Sim                         (      )  Não                            Por quê?

______________________________________________________________________________________________________________

2) O que você considera que seria importante para ajudá-lo a compreender melhor os significados do poema e conseguir ser mais crítico? Cite exemplos.

______________________________________________________________________________________________________________

3)Com relação à leitura de poemas, alguns dos analisados, em nosso trabalho, trouxe alguma contribuição para você? Ele provocou mudança em seu ponto de vista? Mexeu com suas emoções e te sensibilizou? Qual? Em que sentido?

______________________________________________________________________________________________________________

4)Em sua opinião,a leitura de poemas, em sala de aula, tem ajudado a maioria de seus colegas, do alunado a gostar de literatura e apreciar o texto poético? Se sim, por quê?

______________________________________________________________________________________________________________

5)Quando você lê poemas, na sala de aula ou em casa, essa leitura causa em você alguma sensação em que mereça ser relatada? Se sim, cita-a.

______________________________________________________________________________________________________________

 

6) Como a poesia pode contribuir para a sua formação humana e crítica? Você consegue dizer se você ficou mais solidário, mais sensível e mais crítico? Ou você acredita que nada mudou?

_____________________________________________________________________________________________________________

 

 

7)Quais são os fatores positivos do estudo dos poetas estudados ( Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Leminski e José Paulo Paes) e qual a contribuição deles para a sua formação e a de seus(as) colegas?

_____________________________________________________________________________________________________________

8)Uma das finalidades da arte em geral e da arte poética na educação é de propiciar uma relação mais consciente do ser humano no mundo, contribuindo para a formação de pessoas mais abertas ao sensível, mais críticas, criativas e passíveis de atuar na transformação da sociedade. Você concorda ou discorda dessa afirmação? Por quê?

_____________________________________________________________________________________________________________

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“O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.”     

( Carlos Drummond de Andrade  - In: Sentimento do Mundo,1940) .

 

 

 

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 14/10/2014 – DÉCIMA SÉTIMA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

 

  • Revisão e rememoramento dos poemas estudados até o momento;
  • Estudo da estrutura da carta;
  • Falar da solidariedade e da importância de usar a leitura para ajudar as pessoas e transformar o mundo;
  • Retomar a história do personagem Gentileza e  discussão sobre a solidariedade no mundo atual;
  • Levantamento de alguns poemas lidos em sala e que levaram ao assunto “Solidariedade”;
  • Explicar a proposta da produção de uma carta pessoal.

 

SEGUNDO MOMENTO:

 

Analisar os versos de Drummond:

 

                                     [...]

“Estou preso à vida e olho meus companheiros.”

                                     [...]

“O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 21/10/2014 – DÉCIMA OITAVA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Produção de uma carta ( Proposta abaixo).

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

Mestranda: Prof.ª Cleunice Terezinha da Silva Ribeiro  /      Orientadora: Prof.ª Dr.ª Célia S. Silva

Colégio Estadual Dom Abel – SPL     /   Turma:     1ª Série D   –    Turno Noturno  -    Ensino Médio

Professora  titular da turma:  Prof.ª __________________________

Nome:_______________________________________________________________________

PRODUÇÃO DE CARTA PESSOAL

O poeta Manuel Bandeira (1984, p.19), no livro Itinerário de Pasárgada diz: “a poesia está em tudo – tanto nos amores como nos chinelos, tanto nas coisas lógicas como nas disparatadas”. 

Com base nessa consideração do poeta, imagine que você possui um amigo/a que está passando por problemas e precisa da sua ajuda.

Escreva-lhe uma carta reconfortando-o/a. É fundamental que você indique-lhe a leitura de uma ou mais poesia para que ele/ela possa melhorar. Dentre os poetas estudados - Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Paulo Leminski e José Paulo Paes - diga qual dos poemas você indicaria ao/a seu/sua amigo/a e o porquê. Tente convencê-lo/a da importância da leitura do texto poético, já que Todorov (2009) diz que a literatura é “revelação do mundo, ela pode também, em seu percurso, nos transformar a cada um de nós a partir de dentro.” 

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CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 28/10/2014 – DÉCIMA NONA AULA = 2 aulas.

 

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Revisar o estudo da estrutura do memorial;
  • Ler mais um memorial como exemplo para que os alunos entendam tal estrutura;
  • Produção de memorial de leitura;

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

 

AULA DO DIA 04/11/2014 – VIGÉSIMA AULA = 2 aulas.

 

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Continuação da produção de memorial de leitura com orientação individual a cada aluno;

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 11/11/2014 – VIGÉSIMA PRIMEIRA AULA = 2 aulas.

 

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Agradecimento aos alunos pela participação no desenvolvimento do projeto de leitura de poesia;
  • Proposta de produção de um bilhete de agradecimento ao pessoal da escola pelo apoio à execução do projeto de leitura feito pelos alunos;
  • Leitura de alguns poemas lidos durante o trabalho realizado;
  • Confraternização entre professores, alunos e pesquisadora.

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 18/11/2014 – VIGÉSIMA SEGUNDA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Falar da conclusão do trabalho e da importância quanto aos resultados da pesquisa.
  • Pedir aos alunos que respondam o mesmo questionário aplicado ( ANEXO 2) pela primeira vez, ou seja, o primeiro questionário aplicado na aula 4, dia 22/05.
  • Retomar com os alunos as perguntas do PRIMEIRO QUESTIONÁRIO e pedir que eles respondam verdadeiramente e com os argumentos do que estão sentindo no momento.

CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE / UFG

AULA DO DIA 25/11/2014 – VIGÉSIMA TERCEIRA AULA = 2 aulas.

PRIMEIRO MOMENTO:

  • Confraternização e encerramento da Sequência Didática
  • Pedir aos alunos que leiam os poemas que mais gostaram durante as aulas e que falem livremente o que o foi bom e o que poderia ter sido melhor nas aulas de leitura de poesia;
  • Pedir que fiquem à vontade para que escrevam um bilhete de agradecimento a alguém da escola pelo trabalho executado: aulas de leitura de poesia. ( Somente quem quiser escrever);
  • Deixar que os alunos expressem oralmente o que quiserem durante a confraternização;
  • Partilha de salgados, refrigerantes, sucos, bolos e frutas.
  • Conversa informal e audição de músicas de:  Marisa Monte, Toquinho, Caetano, Chico Buarque e outros.

FIM DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA